Como as mulheres designers da coleção ETEL podem nos ensinar sobre como podemos ser e viver melhor?
Como podemos fazer a diferença, ser corajosos para superar nosso desafios diários e compreender o que realmente importa?
Lina Bo Bardi
“Então, quando as bombas demoliram sem piedade a obra do homem, foi que nós entendemos que a casa deveria ser para a “vida” do homem, deveria servir, deveria consola-lo…”
Lina tinha uma visão antropológica, via valor no povo e na cultura brasileira, tanto que incorporou técnicas vernaculares como forma de solução para problemas modernos. Um exemplo é a poltrona Três Pés, desenhada por Lina e inspirada nas redes do litoral nordestino brasileiro.
Patricia Urquiola
“Mais do que falar sobre o meu estilo, eu prefiro falar sobre meu método de trabalho. Eu sou eclética, variada e diversa. Sou interessada na estrutura comportamental, técnicas artesanais, certos aspectos da minha memória… aspectos da minha vida”
A Patricia, uma das mais influentes designers do nosso tempo, e é movida pelos desafios. Ela se aprofunda nos processos e materiais. Como podemos fazer diferente? Como podemos fazer melhor? Na foto, o protótipo que desenvolvemos em parceria com a Patrícia, e o tampo feito de resina vegetal e cavaco de madeira. Ainda em fase de teste.
Etel Carmona
“Eu não tenho uma trajetória, eu tenho uma História! Uma história de amor. Amor à arte, amor ao homem e amor à natureza… Na década de 1980, o Brasil era fechado, não tinha ninguém em quem me inspirar, acho que é por isso que eu não me inspiro, eu piro! E aí eu crio”
Etel não tem um processo pré-determinado de criação. Ela trabalha em louvor a natureza e à sustentabilidade, em um processo bastante intuitivo. Na foto, um detalhe da sua mesa de centro Explosão, criada a partir de um fungo que ela encontrou crescendo em um pedaço de madeira no atelier.
Claudia Moreira Salles
“Na maioria das vezes é o material e as possibilidades que ele proporciona que me inspiram. É sobre simplicidade, reduzir o objeto à sua essência e respeitar a sua funcionalidade e material. Eu busco equilíbrio e leveza visual”.
Para Claudia, até os menores detalhes importam. Tudo em seu desenho é essencial, do seu acabamento ao uso, nada sobra. Como na sua cadeira Quase-mínima, onde ela explora o minimalismo no seu máximo.
Lia Siqueira
“Cada dia mais, a essência está sendo fundamental… Pessoas estão tendo cada vez menos coisas, mas esse menos tem que ser especial, ele tem que emocionar. Quando você chega em casa, você tem que respirar, e amar o que você está vivendo!”
Lia Siqueira é uma designer poética, que enxerga beleza por onde passa, está sempre em busca de inspiração e significado. No seu Aparador Horizonte, Lia se inspira no silêncio, e a quietude que ela encontra na linha do horizonte.
Inês Schertel
“A busca da auto suficiência na mata nativa que habito e o respeito pelo tempo em que as coisas acontecem, me permitem criar cada vez com mais simplicidade, sonhando sempre em fazer menos e melhor.”
A simples conexão entre as mãos e a lã das ovelhas, Inês descobriu os prazeres de um novo ritmo de vida com lenta produção.
Fonte: Etel