O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou durante o seminário “Reforma Tributária: A hora é agora”, que o momento é oportuno para que a reforma tributária seja aprovada pelo Congresso Nacional. O evento, promovido pela CNI e a Esfera Brasil, aconteceu na sede da CNI em Brasília e reuniu personalidades políticas e empresariais, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
O ministro Haddad criticou o atual modelo tributário brasileiro e destacou a necessidade de não temer a votação da reforma. “A gente não tem que ter medo. A gente tem que ter medo de não dar esse passo, porque isso vai comprometer o futuro do Brasil. Se a gente não der esse passo vai ser um grande erro, sobretudo porque não há mais tempo. O Brasil detém um dos piores sistemas tributários do mundo, e não dá mais nem para governantes nem para contribuintes contarem com o sistema atual. Está inviável. Chamar de sistema o nosso sistema tributário é um elogio, ele não tem nada de sistemático. Ele está atrapalhando a vida do empresário e dos governantes. Você não tem segurança jurídica do quanto vai arrecadar e de quanto tem que pagar”, foi enfático o ministro.
Ele também salientou que a criação de um fundo de desenvolvimento regional, tema atualmente em negociação, não será um obstáculo à reforma.
Já Lira, presidente da Câmara dos Deputados, mostrou confiança na votação da reforma tributária no plenário da Câmara na primeira semana de julho. “Neste momento, não podemos por um detalhe ou outro, abrir mão de uma discussão clara de um sistema que venha a dar ao Brasil uma condição de ter um crescimento mais adequado”, ressaltou.
Por sua vez, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, manifestou a compreensão de que a reforma está pronta para votação. “Não há contra-argumentos para dizer que não é hora de votar. Acredito muito na sua aprovação porque acredito no bom senso e no compromisso público dos parlamentares em torno de um tema que é sensível para a vida nacional”, declarou Pacheco.
A votação deverá ocorrer neste mês de julho.