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Produtividade da indústria de transformação registra queda pelo quinto ano consecutivo

A produtividade do trabalho na indústria de transformação caiu 0,8% em 2024, acumulando o quinto ano consecutivo de retração. O resultado reflete um aumento maior nas horas trabalhadas (4,5%) do que no volume produzido (3,7%), o que indica perda de eficiência no setor. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o crescimento da demanda por bens manufaturados ao longo do ano impulsionou contratações, mas a incorporação de novos trabalhadores exige tempo de adaptação e treinamento, o que limita os ganhos imediatos de produtividade. Ainda assim, a tendência de queda perdeu força: nos dois últimos trimestres de 2024 o indicador se estabilizou, e a produtividade por trabalhador encerrou o ano com alta de 1,4%.

Para o industrial, a leitura estratégica da produtividade deve considerar não apenas os números agregados, mas também os fatores conjunturais que os influenciam — como o custo do crédito, a qualificação da mão de obra e o nível de investimento em inovação. Em 2024, programas como o Nova Indústria Brasil (NIB) estimularam a modernização e contribuíram para a reativação do setor. No entanto, a expectativa para 2025 é de desaceleração, uma vez que os juros elevados devem inibir novos investimentos e conter a demanda. Neste contexto, acompanhar os indicadores de produtividade torna-se fundamental para planejar contratações, avaliar a eficiência operacional e tomar decisões mais assertivas sobre modernização e competitividade.

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