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Pessimismo na indústria alcança 23 segmentos

O ICEI – Índice de Confiança do Empresário Industrial Setorial – caiu de forma generalizada em abril de 2025, mostra pesquisa divulgada pela CNI, atingindo empresas de todos os portes e com pessimismo mais disseminado nas regiões Sul e Sudeste. Em contraposição, a indústria de móveis mostrou-se mais otimista no início do segundo trimestre, embora ainda se encontre abaixo da linha que separa confiança e falta de confiança, com 48,1 p.p.

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, a queda significativa da confiança da indústria do Sudeste – que chegou ao menor nível em quase cinco anos – foi o fator que mais contribuiu para o recuo geral do ICEI. A confiança dos empresários da região caiu 1,3 ponto, para 45,9 pontos, pior patamar desde junho de 2020.

Confira os setores que se tornaram pessimistas: Obras de infraestrutura; Produtos químicos (exceto perfumaria, limpeza etc.); Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos; Máquinas e materiais elétricos; Manutenção e reparação.

Dessa forma, o balanço final de abril revela que empresários de 23 setores estão pessimistas, enquanto os representantes de apenas seis segmentos estão otimistas. Os industriais de produtos minerais não-metálicos, madeira, vestuário e acessórios e serviços especializados para a construção são os mais pessimistas.

A demanda interna insuficiente foi o problema que mais aumentou para os industriais no primeiro trimestre de 2025, mostra a Sondagem Industrial. No quatro trimestre de 2024, o entrave ocupava a quinta posição no ranking dos principais problemas enfrentados pelo setor. Agora, divide a segunda colocação da lista com as taxas de juros elevadas. A alta carga tributária segue como a principal preocupação dos empresários.

A queda da procura por bens industriais é consequência de fatores como a alta taxa de juros e a diminuição dos gastos públicos. Ele explica que o problema pode impactar a tomada de decisão dos industriais. Antes mencionada por 30,6% dos empresários, a elevada carga tributária foi citada por 33,3% dos industriais como um dos três principais problemas enfrentados. A preocupação com a Selic saltou de 25% para 27,1% do total de empresas, enquanto o problema da demanda interna insuficiente cresceu 4,8 pontos percentuais, de 22,3% para 27,1% do total de empresas.

A falta ou o alto custo de trabalhadores qualificados e de matéria-prima fecham a lista dos cinco principais obstáculos citados pelos empresários, com 22,4% e 21,3% do total de empresas, respectivamente.

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