
Programa habitacional acelera contratações e pode impulsionar setor moveleiro com expansão da base consumidora
O governo federal projeta superar a meta inicial de 2 milhões e chegar a até 3,1 milhões de moradias contratadas pelo Minha Casa, Minha Vida até o fim de 2026. O desempenho acelerado é atribuído à ampliação dos subsídios, à redução de juros e à criação da nova faixa 4, voltada à classe média. Atualmente, o programa já soma 1,6 milhão de contratos — cerca de 80% da meta original — e acaba de receber um reforço de R$ 10 bilhões em recursos do FGTS para novos financiamentos.
Com a inclusão de famílias com renda entre R$ 8.600 e R$ 12 mil, a política habitacional amplia seu alcance e desafoga a demanda sobre linhas de crédito mais caras, contribuindo para a sustentabilidade do sistema. Segundo o Ministério das Cidades, a nova faixa já contabiliza quase 3 mil contratos e mais de meio milhão de simulações na Caixa Econômica Federal, indicando forte tendência de crescimento. As faixas 1, 2 e 3 também mantêm ritmo expressivo, com destaque para a população de menor renda, que concentra 44,4% das moradias.
Esse avanço deve gerar impacto direto na indústria de móveis e eletrodomésticos, tradicionalmente impulsionada por programas habitacionais. Com o aumento no número de famílias adquirindo casa própria, cresce também a demanda por mobiliário essencial, o que representa uma oportunidade estratégica para o setor moveleiro nacional.