Micros e pequenas moveleiras ganham impulso para acelerar competitividade

Projeto em parceria entre a ABIMÓVEL e o SEBRAE Nacional vai favorecer 200 negócios em todo o país

O projeto que pretende elevar o nível competitivo de micros e pequenas empresas do setor moveleiro e da madeira no país foi lançado nacionalmente nesta quarta-feira, em live, após ter sido gestado durante a pandemia. Responsáveis pelo plano, representantes da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) explicitaram como pretendem, até 2024, fazer com que 200 pequenos negócios avancem estrategicamente em gestão, promoção comercial e inserção digital. 

O projeto é estruturado para contemplar necessidades estratégicas dessas empresas, conforme explicou o presidente da ABIMÓVEL, Irineu Munhoz. “Buscamos oferecer uma forma sustentável para micros e pequenas empresas crescerem em produtividade, competitividade e integração”, destacou. Cesar Rissete, gerente de competitividade do SEBRAE, salientou a parceria das duas entidades que tanto têm contribuído ao país. “Estamos juntos para uma entrega de valor à sociedade, promovendo um país melhor através de suas empresas”, disse. 

Para colocar de pé o Projeto de Desenvolvimento, Competitividade e Integração da Indústria do Mobiliário (PDCIMOB), as entidades vão atuar em parcerias regionais e estaduais. “Quem atua em rede de forma estratégica e com boa governança faz diferença nos mercados local, nacional e internacional”, destacou a diretora-executiva da ABIMÓVEL, Cândida Cervieri, durante a apresentação do projeto.

A proposta tem a adesão de 10 unidades do Sebrae, abrangendo todas as regiões do país – Pará, no Norte; Piauí, Paraíba e Sergipe, no Nordeste; Rio de Janeiro e Minas Gerais, no Sudeste; Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, no Sul; além do Distrito Federal, no Centro-Oeste. Além dessas, 11 sindicatos associados à ABIMÓVEL sediados em Minas Gerais, Pará, Paraná, Ceará, Paraíba, Santa Catarina e Pernambuco fazem parte da ação. “É um trabalho de mãos dadas, que começa pequeno para se tornar grande de forma a integrar os elos da cadeia de valor”, disse Cândida.

O PDCIMOB nasceu durante a pandemia, quando a crise sanitária provocou uma quebra na cadeia de suprimentos, prejudicando especialmente os pequenos negócios, que ainda sofreram pela carência de inovação. “As empresas que já operavam em plataformas com os mercados digitais tiveram impactos negativos minimizados. Mas quem não tinha domínio do mercado digital, até iniciar sua preparação para essas plataformas e mídias perdeu tempo. Por isso, é preciso trabalhar a inserção da inovação, como atuar em redes, e-commerce e outras ferramentas tecnológicas”, ressaltou a diretora da ABIMÓVEL. 

Aliás, a Inteligência Setorial e Digital é uma das três trilhas estratégicas elencadas pelas entidades para o trabalho do projeto. É através dela que será diagnosticado a maturidade digital das empresas, a fim de que planos de ações específicos sejam sugeridos para implementação.

Outra trilha, a Melhoria da Competitividade, tem entre suas ações o desenvolvimento do design integrado à indústria. “A proposta é agregar valor às pequenas indústrias”, disse Cândida. A terceira trilha destaca estratégias para a Aproximação Comercial. Nesse escopo, as empresas participantes serão inseridas em rodadas de negócios, por exemplo. “Primeiramente, serão rodadas nacionais, com fornecedores e varejistas. Depois, também teremos a presença de mercados internacionais próximos. Precisamos mensurar o quanto essas empresas estão preparadas e o quanto precisamos trabalhar para melhorar a competitividade delas tanto no mercado interno quanto no externo”, avaliou Cândida. 

Além de 200 empresas envolvidas, o projeto pretende atingir, através de ações de transbordamento – lives, palestras e webinares – cerca de 1,7 mil indústrias. Ao final do PDCIMOB, ABIMÓVEL e SEBRAE esperam que as empresas participantes cresçam cerca de 6% em produção e faturamento e 30% em inovação.