O governo do presidente Lula (PT) assinou com a China, na última quarta-feira (20), um plano de cooperação em projetos de infraestrutura e indústria, como o Novo PAC, mas sem aderir à chamada Nova Rota da Seda. No total, foram assinados 37 atos durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Lula.
Além de investimentos, o documento assinado pelos chefes de estado cita cooperação para transferência tecnológica e capacitação de recursos humanos. Um dos acordos prevê empréstimo do Banco da China ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de R$ 4 bilhões em moeda chinesa, captação que o banco diz ser seu primeiro empréstimo na moeda do país asiático.
A declaração assinada por Xi e Lula fala em estabelecer “sinergias” entre, pelo lado brasileiro, o Novo PAC, o plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-americana. Pelo lado da China, a iniciativa é uma agenda para investimentos nas áreas de infraestrutura e energia em outros países. O plano, que já gerou US$ 2 trilhões em contratos, visa expandir as relações comerciais da China mediante a construção de portos, linhas ferroviárias, aeroportos e parques industriais.