Os juros para financiar a casa própria podem aumentar em breve se as condições para a oferta do crédito não mudarem, segundo agentes do mercado imobiliário reunidos na última terça-feira (24) no Incorpora Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias).
Além do aumento da Selic (taxa básica de juros), os recursos da poupança não têm acompanhado a demanda aquecida de vendas de imóveis e de busca por financiamento, afirmam bancos e lideranças do setor.
A taxa de juros de dois dígitos impacta o volume de recursos disponíveis na caderneta, principal fonte de crédito imobiliário, pois outros investimentos ficam mais atrativos. O mercado de capitais tem conseguido suprir apenas parte desse déficit, por meio de letras de crédito imobiliário atreladas ao IPCA.
O caminho, porém, ainda é longo para que a poupança seja substituída como instrumento principal de financiamento habitacional do brasileiro, ao lado do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). O ministro da Fazenda em exercício, Dario Durigan, afirmou que o governo estuda novas modalidades.