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A indústria da construção registrou queda do emprego e da produção no início deste ano, com um recuo de 2,9 pontos na comparação com o mesmo período do ano passado, comportamento que é considerado, em grande parte, típico para o período. No entanto, o empresário está mais confiante e com expectativas mais otimistas para os próximos seis meses. Os dados são da Sondagem Indústria da Construção, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ouviu 343 empresas entre 1º e 9 de fevereiro.
A economista da CNI, Larissa Nocko, explica que os indicadores de expectativa, de investimento e de confiança apontam um empresário do setor da construção mais otimista com o curto prazo do que estava no fim do ano.
“Os últimos meses de 2022 mostraram uma perda de ritmo da atividade e, em janeiro, os índices de expectativas apresentaram perspectiva de queda. A intenção de investimento e a confiança também acumulavam sucessivas retrações em janeiro. Em fevereiro houve recuperação de parte desse comportamento de queda”, explica.
Retomada do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ pode colaborar com o setor da construção
A Medida Provisória 1.162, publicada na última terça-feira (15), retomou o Programa “Minha Casa Minha Vida” (MCMV), do Governo Federal. Revogando, então, o “Casa Verde Amarela”, programa antes regido pela lei 14.118, de 2021. Apesar das semelhanças entre os programas, a nova MP faz com que o “Minha Casa, Minha Vida” tenha maior abrangência.
A MP devolve a “Faixa 01” (voltada às famílias mais pobres), que havia sido extinta no programa anterior; também aumentando as faixas salariais para as diferentes modalidades de benefícios; também permite a concessão de subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ou seja, o desconto nos financiamentos habitacionais, também na compra de imóveis usados; além de considerar aspectos relacionados ao uso dos empreendimentos; entre outros pontos; priorizando imóveis de até R$ 150 mil, com meta de contratar 2 milhões de moradias até 2026, além da retomada das unidades paralisadas que podem chegar a até 170 mil em todo o País.
O relançamento do “Minha Casa, Minha Vida” traz também mudanças nos projetos dos empreendimentos. A ideia é que haja pelo menos três desenhos de moradia e que elas sejam construídas a depender do perfil da cidade e da necessidade das famílias. Uma das mudanças previstas é que haja apartamentos menores para famílias de duas pessoas ou de apenas um integrante. O modelo também deverá mudar entre cidades de diferentes portes. Outro pedido é que os apartamentos passem a ter varandas, opção que poderá ser analisada de acordo com o perfil dos beneficiários.