Num movimento esperado na indústria de móveis e colchões nacional, o volume produzido ultrapassou a marca de 40,6 milhões de peças no mês de julho. O número é um recorde na variação mês a mês ao longo de 2024, e representa um crescimento de 10,7% sobre o montante produzido no mês anterior, quando a produção de móveis no país já vinha de quatro altas consecutivas.
Os resultados indicam, portanto, que a indústria do mobiliário produziu 9,2% a mais entre janeiro e julho deste ano em comparação ao mesmo período em 2023. No varejo, foi registrado aumento de 5,8% nas vendas de móveis e colchões.
Os indicadores fazem parte da nova edição da “Conjuntura de Móveis”, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), trazendo o detalhamento da produção, vendas, emprego, investimentos, comércio exterior, varejo e mais.
Mercado interno se fortalece, mas nova alta inflacionária deixa setor em alerta
Este crescimento na produção reflete um aumento considerável no consumo aparente, ou seja, no volume comercializado no mercado interno, que registrou 40,4 milhões de peças em julho, marcando uma expansão de 10,4% em relação ao mês anterior e de 10,5% no acumulado dos sete primeiros meses deste ano em comparação ao ano passado.
O setor também vem observando um aumento nas taxas de ocupação na indústria moveleira nacional, com o emprego crescendo 5,6% de janeiro a julho. “Esta tendência de fortalecimento do mercado de trabalho é vital para sustentar a expansão progressiva da produção e consumo no setor”, fala o presidente da ABIMÓVEL, Irineu Munhoz.
Apesar desses avanços, os fabricantes observam, por outro lado, aumentos contínuos nos custos de produção, com o preço médio por peça fabricada crescendo 1,38% em julho. Ainda assim, a receita da indústria demonstrou vigor, ascendendo a R$ 7,9 bilhões na passagem de junho para julho, um salto consistente de 12,3%. Tal desempenho sugere que as empresas têm conseguido administrar o repasse de parte dos custos sem sacrificar o volume de vendas.
Inflação chega no varejo de móveis, mas faturamento continua a crescer
Nesse sentido, a pesquisa do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), revelou um aumento de 1,21% nos preços de mobiliário no varejo em agosto de 2024, após aumentar por dois meses seguidos, indicando uma resposta do mercado às pressões inflacionárias sobre o setor.
Ainda assim, observou-se um salto de 5,4% na receita do varejo de móveis e colchões na passagem de junho para julho, quando foram somados R$ 10,7 bilhões em vendas. No ano (janeiro a julho), o aumento acumulado no faturamento do segmento é de 5,8% em relação a igual período em 2023, impulsionado pela alta no volume de peças comercializadas.
Exportações e importações
As exportações, por outro lado, após uma série de altas, enfrentaram um recuo de 4,4% em agosto. Permanecendo, contudo, estável ao longo do ano.
Já as importações no setor seguem sendo monitoradas, tendo representado 4,1% do consumo interno em julho de 2024.
O detalhamento e atualização do comércio exterior no setor de móveis é assunto de um próximo artigo em www.abimovel.com.
Veja o resumo dos principais indicadores do setor moveleiro em julho e agosto de 2024:
CONJUNTURA DE MÓVEIS
Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.
Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.
Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados, em: abimovel.com/capa/acervo-digital
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