À medida que avançamos pelo segundo semestre de 2024, a indústria brasileira de móveis e colchões vem demonstrando um desempenho notável, impulsionado especialmente pelo aumento nas vendas domésticas e uma presença fortalecida no mercado internacional, o que se confirmou também ao longo da primeira metade do ano. O volume produzido pelo setor entre janeiro e junho foi 5,6% superior em relação ao mesmo período do ano passado, com aproximadamente 204,7 milhões de peças fabricadas.
Com isso, o setor de móveis se recupera dos efeitos negativos de anos anteriores, crescendo 1,7% nos últimos 12 meses e abrindo caminho para o crescimento contínuo, com expectativas igualmente favoráveis para o restante do ano.
Os indicadores fazem parte da nova edição da Conjuntura de Móveis, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), trazendo o detalhamento da produção, vendas, emprego, investimentos, comércio exterior, varejo e mais.
Incremento produtivo refletiu aumento das vendas no varejo
No varejo nacional, o avanço foi de 4,1% em volume e 5,3% em receita na primeira metade de 2024 frente a igual período em 2023, sugerindo uma recuperação da demanda interna.
Este aumento vai ao encontro da melhoria geral na confiança dos consumidores brasileiros, acompanhando a estabilização das taxas de ocupação e de inflação, após anos de ajustes econômicos frente aos rastros deixados pela pandemia de Covid-19.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo, conhecido como IPCA, por exemplo, demonstrou uma carga inflacionária mais branda sobre o mercado de móveis no último semestre, com os preços do mobiliário caindo 0,13% em média no período.
Exportações também puxaram crescimento do setor no 1º semestre
As exportações também avançaram, com um aumento de 4,8% em volume e 0,5% em valores exportados no primeiro semestre de 2024, quando foram comercializados ao exterior o montante de US$ 350,440 milhões em móveis e colchões brasileiros, excluindo-se partes para móveis e assentos.
Este crescimento reflete o posicionamento da indústria brasileira do mobiliário, que é a maior produtora do setor na América Latina e a sexta maior no mundo, frente aos desafios e oportunidades no mercado global. A diversificação do mix de produtos, a gestão sustentável, além dos investimentos em design, tecnologia e inovação contribuem para um cenário de expansão crescente e a abertura de novos mercados.
Investimentos e empregos crescem na indústria de móveis
Expansão que, aliás, começa no chão de fábrica. Observou-se um salto de 25,4% nas importações de máquinas para a fabricação de móveis entre janeiro e junho de 2024 comparado ao mesmo período no ano anterior. Esses investimentos são essenciais para ampliar a capacidade produtiva e o potencial competitivo do setor.
Contando com aproximadamente 21,7 mil empresas, o setor de móveis no Brasil emprega cerca de 270,6 mil trabalhadores diretos e 1,1 milhão indiretos, contribuindo para a geração de emprego e renda no país. Dessa forma, o aumento de 5,5% nas taxas de ocupação na indústria moveleira ao longo do primeiro semestre deste ano, reafirma a importância do setor produtivo para o desenvolvimento econômico e social sustentável.
Veja o resumo dos principais indicadores do setor moveleiro em junho e julho de 2024:
Expectativas para o fechamento de 2024 são positivas
Frente a este cenário, as projeções para o fechamento de 2024 são promissoras: espera-se que a produção atinja mais de 422 milhões de peças, o que culminaria num aumento de 4,2% em relação a 2023. Com isso, a receita do setor deve alcançar R$ 85,669 bilhões, um crescimento projetado de 4,9% no mesmo indicador.
O êxito dessas projeções, contudo, dependerá da manutenção da estabilidade econômica, da capacidade de adaptação às flutuações do mercado global e do contínuo planejamento em termos de inovação e mercados estratégicos.
Projeções anuais para 2024:
CONJUNTURA DE MÓVEIS
Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.
Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.
Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados, em: https://abimovel.com/capa/acervo-digital/
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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
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