Tal comportamento demonstra planejamento estratégico dos industriais moveleiros para atender às potenciais demandas de fim de ano
Após registrar um crescimento expressivo de 16,5% nos dois primeiros meses do segundo semestre de 2023 (julho e agosto), a indústria de móveis e colchões apresentou retração em setembro. O volume de produção alcançou o montante de 33,3 milhões de peças no mês, marcando uma queda de 8,8% em relação ao mês anterior.
Dessa forma, o recuo ao longo do ano, que era de -1,9% entre janeiro e agosto, passou para -2,4% até setembro, na comparação com o mesmo período de 2022. Ao longo dos 12 meses anteriores, o desempenho foi 4,8% inferior.
O comportamento, contudo, segue o padrão da indústria de transformação em geral, que experimentou queda de 6,0% em setembro comparado com o mês anterior.
Volume produzido pela indústria de móveis e colchões mês a mês em milhões
As informações são da mais recente edição da “Conjuntura de Móveis”, estudo da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), desenvolvido com exclusividade pelo IEMI com base em dados oficiais de pesquisa. A nova edição traz os indicadores atualizados da indústria, do varejo e do comércio exterior no setor moveleiro.
Indicadores setembro 2023
Em termos financeiros, a receita da indústria de móveis e colchões atingiu R$ 6,4 bilhões no nono mês do ano. Representando uma redução de 9,4% em relação a agosto. Por outro lado, o preço médio de produção por peça também caiu para R$ 191,71, uma diminuição mais modesta, porém, de 0,68% sobre o mês anterior.
Outro contraste positivo é que o setor moveleiro viu também um aumento no emprego nas fábricas em setembro, com um crescimento de 0,8%. Comportamento possivelmente impulsionado pela preparação para o final do ano e a expectativa do pagamento do 13º salário no Brasil. O ano, entretanto, acumulou queda de 1,7% no emprego, e nos últimos doze meses, a redução foi de 4,7%.
A análise dos padrões e tendências sugere, então, que a indústria moveleira tenha passado por um momento de ajuste no mês de setembro, equilibrando os desafios de produção com as oportunidades de vendas no varejo, que vivenciou leve aumento de 0,2% durante o período (26,7 milhões de peças comercializadas).
O crescimento no emprego e as vendas estáveis no varejo apontam resiliência do setor, que tem buscado maneiras de se adaptar às condições de mercado e se preparar para capitalizar com as vendas ocasionais puxadas pelas potenciais demandas de fim de ano.
Fique agora com um resumo dos principais indicadores do setor moveleiro nos meses de setembro e outubro de 2023:
CONJUNTURA DE MÓVEIS
Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.
Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.
Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados de 2023, em: https://abimovel.com/capa/acervo-digital/
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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
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