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Emprego na indústria moveleira fecha 2020 com queda de 6,3%

  • Geral
  • 15 de março de 2021

Dando sequência às nossas análises sobre os números do setor moveleiro no consolidado do ano passado, hoje o assunto é emprego na indústria. De acordo com os dados atualizados da “Conjuntura de Móveis” — relatório realizado pela ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e o IEMI – Inteligência de Mercado —, o volume do emprego na indústria moveleira recuou em 0,7% em dezembro de 2020 comparando-se ao mês imediatamente anterior. 

Dessa forma, a queda de ocupação no acumulado do ano foi de 6,3% em relação a 2019. Número que poderia ter sido ainda mais preocupante, não fosse o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, estabelecido pelo Governo Federal durante o período de maior recrudescimento da pandemia em 2020. Tal momento, aliás, foi seguido por uma onda de recontratações e novas contratações durante o segundo semestre, revertendo em parte a situação. A falta de insumos para produção e de mão de obra qualificada, porém, continuam afetando o ritmo da indústria moveleira. 

 

Horas trabalhadas e produtividade na indústria de móveis

É importante frisar, ainda, que o número de horas trabalhadas também apresentou recuo tanto em relação a novembro quanto ao acumulado do ano anterior, -5,8% em ambas as comparações. Por outro lado, a massa salarial apresentou aumento de 20,2% em dezembro de 2020 no comparativo com novembro do mesmo ano, avançando para R$ 481,7 milhões. Já no acumulado do ano passado, observou-se recuo de 7,6%.

Com tudo isso, houve queda de 8,4% na produtividade no trabalho durante a passagem de novembro para dezembro de 2020. Ainda assim, o acumulado do ano registra um avanço de 2,1% na mesma categoria, confirmando o grande esforço da força de trabalho moveleira em busca de reverter a produtividade perdida no segundo trimestre do ano.

 

Registro em carteira no setor moveleiro

Vale relembrarmos que em novembro de 2020 houve mais contratações do que demissões no setor moveleiro nacional. Com o saldo ficando, então, positivo em 3.744 vagas. Puxando, assim, o desempenho no ano, que também apresentou saldo positivo na geração de empregos:14.451 vagas. No geral, o número de empregados com vínculo formal na indústria de móveis no período foi de 244,3 mil, um aumento de 6,3% quando comparado com dezembro de 2019. 

Apesar disso, o acumulado do ano fechou com queda de 7% no número de registros em carteiras no setor. Número puxado, mais uma vez, pelos meses de endurecimento das restrições sociais, com o fechamento de fábricas e o abatimento da economia nacional no período.

 

Setor industrial foi o que mais empregou no ano passado

Apesar de um ano extremamente sensível e com restrições inclusive à produção, a atividade industrial, de um modo geral, foi a que mais gerou emprego no Brasil em 2020. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, durante o ano passado foram contratadas 4,1 milhões e desligadas 3,9 milhões de pessoas na indústria. Dessa diferença, o saldo é positivo em 207.540 novos postos de trabalho. 

Em contrapartida, no mesmo período, o Brasil como um todo gerou 142.690 empregos. Dados que comprovam que, não fosse o setor industrial, o saldo de empregos no País seria negativo no fechamento de 2020.

 

Emprego na indústria em 2021

Virando o ano, apesar da provável alta na taxa de desemprego, em decorrência de todas as peculiaridades já bastante pontuadas deste primeiro trimestre, a perspectiva de crescimento dos empregos formais na indústria continua positiva, de acordo com o documento “Economia Brasileira”, elaborado pela CNI – Confederação Nacional da Indústria.

“Se conseguirmos controlar e reduzir os efeitos da segunda onda da pandemia, a atividade continuará melhorando gradativamente. Esperamos que isso ocorra com um ambiente de negócios mais favorável; com avanços em reformas microeconômicas, como o marco do saneamento; bem como com reformas estruturais, como a tributária”, opina o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca.

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