Deflação na China acende alerta, mas impacto no Brasil deve ser menor, dizem especialistas

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A economia da China, enfrentando sua terceira deflação mensal consecutiva (atingindo 0,3% em dezembro) e uma redução de preços ao produtor por 15 meses, tem causado preocupações globais sobre uma possível desaceleração econômica. O cenário deflacionário na China é visto como um sintoma de uma economia em desaceleração, preocupando os mercados internacionais.

Esse cenário pode ter impactos mistos no Brasil, que mantém a China como seu principal parceiro comercial. Por um lado, a deflação chinesa pode beneficiar o país ao tornar as importações chinesas mais baratas, permitindo a aquisição de produtos a preços reduzidos. Por outro lado, essa situação pode pressionar negativamente a indústria brasileira, pois os produtos chineses mais acessíveis no mercado internacional tornam-se mais competitivos, desafiando nossos fabricantes.

O fenômeno da deflação na China é parte de um contexto mais amplo de desaceleração econômica, marcado por um crescimento do PIB de 5,2% em 2023, mas com problemas persistentes no setor imobiliário e mudanças nos padrões de consumo. 

O caso da China, portanto, exemplifica a complexidade das relações econômicas globais, onde a deflação em uma grande economia pode ter efeitos variados em seus parceiros comerciais. Para o Brasil, a situação exige uma avaliação cuidadosa para maximizar os benefícios das importações mais baratas, ao mesmo tempo em que se protege sua indústria local da concorrência intensificada. A longo prazo, a persistência da desaceleração econômica chinesa poderia ter implicações mais profundas, tanto para a economia global quanto para as relações comerciais sino-brasileiras.

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