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Os empresários da indústria de transformação perceberam um aumento significativo da competição desleal desde o último ano. De acordo com a Nota Econômica 31, da CNI (Confederação Nacional da Indústria), no primeiro trimestre de 2024, a competição desleal foi citada por 10,4% dos empresários como uma dificuldade importante naquele momento.
O documento mostra que está cada vez mais difícil competir com a informalidade, contrabando e pirataria. A concorrência desleal só ficou atrás de dois problemas recorrentes: a elevada carga tributária, que foi o principal problema da indústria de transformação, com 37,5% assinalações, e demanda interna insuficiente, atestada por 31,2% dos empresários industriais. As taxas de juros aparecem em quarto lugar com 19,5%.
De acordo com o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, entre os 22 setores analisados, a competição desleal ficou no topo do ranking para o setor de Produtos diversos, e como segundo maior problema para os setores de Vestuário e acessórios e Produtos de borracha.
“As consequências desses problemas são perda de competitividade pela alta carga tributária, baixa procura por bens da indústria pela demanda interna insuficiente e dificuldades na obtenção de crédito e maior inadimplência pelas taxas de juros elevadas”, diz o economista.