A Confederação Nacional da Indústria (CNI) respondeu à consulta pública sobre a Revisão de Vazamento de Carbono da Austrália (novembro de 2024), destacando a necessidade de medidas justas e compatíveis com as normas internacionais de comércio. A CNI reconhece a urgência no combate às mudanças climáticas, mas alerta contra medidas unilaterais, como a proposta do Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM), que podem prejudicar países em desenvolvimento. A entidade defende cooperação multilateral para tratar o vazamento de carbono sem comprometer o comércio global.
A entidade enfatiza a importância de garantir condições equitativas entre produtos australianos e importados, harmonizando cálculos de emissões, custos administrativos e políticas de precificação de carbono. Também sugere a adoção de padrões internacionais, como o Protocolo de GEE e normas ISO, e o reconhecimento de entidades de certificação em países parceiros para reduzir custos e barreiras aos exportadores.
No documento, a CNI propõe que políticas climáticas sejam elaboradas com transparência, embasadas em análises técnicas e alinhadas a regras da OMC e do Acordo de Paris. Além disso, sugere uma cooperação bilateral entre Brasil e Austrália para promover o comércio sustentável por meio de acordos de reconhecimento mútuo e iniciativas conjuntas.
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