
Brasil e China estão unindo forças para influenciar a votação na próxima assembleia-geral da Organização Marítima Internacional (IMO), em abril, contra a implementação de uma taxa fixa sobre toneladas de carga transportadas por navios que não atendem às metas de redução de emissões. A IMO estabeleceu que, até 2030, 40% da frota mundial deve utilizar combustíveis renováveis, o que coloca uma pressão significativa sobre os países para ajustarem suas políticas e infraestruturas marítimas.
Enquanto a União Europeia e as ilhas do Pacífico apoiam a aplicação de um imposto universal baseado nas emissões totais de dióxido de carbono dos navios, propondo uma taxa de até US$ 200 por tonelada, um grupo formado por Brasil, China, Noruega e Argentina defende um sistema de créditos e déficits de gases de efeito estufa, permitindo que os navios que ultrapassem as metas de emissão sejam mais penalizados. Este último método é visto como menos prejudicial para países sul-americanos, como o Brasil, que dependem do transporte marítimo para exportar produtos a longas distâncias.
Além da discussão em relação à tarifação, a IMO também está avaliando a substituição do diesel por biodiesel nos navios, movimento que reflete a crescente demanda por alternativas mais sustentáveis. Companhias de navegação, como Maersk e MSI, estão proativamente investindo em navios mais modernos e menos poluentes, enquanto países produtores de biocombustíveis, como Brasil e nações do sudeste asiático, veem uma oportunidade de mercado emergente para seus produtos.
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