Balanço 1º semestre 2023: vendas de móveis e colchões caem 7,4% no ano; inflação no setor ainda é problema

O primeiro semestre de 2023 trouxe uma série de desafios para o setor de móveis e colchões tanto na indústria quanto no varejo nacional. Afinal, a demanda desaquecida na ponta influencia diretamente na perda de volume de produção. 

Depois de crescer 11,7% na passagem de abril para maio, as vendas de móveis e colchões no varejo voltaram a cair em junho, quando foram comercializadas 26,6 milhões de peças: 8,0% a menos do que no mês anterior.

Esse sobe e desce nas vendas ao longo da primeira metade do ano culminou em um declínio de 7,4% nas vendas entre janeiro e junho deste ano em comparação com igual período em 2022. Ao olharmos para o acumulado dos últimos 12 meses, a queda é ainda mais significativa: -11,5%.

As informações são da mais recente edição mensal da “Conjuntura de Móveis”, estudo da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), desenvolvido com exclusividade pelo IEMI com base em dados oficiais de pesquisa. A nova edição traz os indicadores atualizados da indústria, do varejo e do comércio exterior de móveis e colchões no primeiro semestre de 2023.

Carga inflacionária sobre os preços de móveis e colchões ainda minimiza o acesso do consumidor

Em termos de valores, as vendas de móveis alcançaram R$ 8,4 bilhões em junho de 2023, refletindo uma queda de 7,6% em comparação com o mês anterior. No entanto, ao analisar o acumulado do ano, observamos um modesto avanço de 0,7% em relação ao primeiro semestre de 2022. Nos últimos 12 meses, o índice aponta um leve recuo de 0,4%.

O preço médio dos móveis no varejo também experimentou oscilações ao longo do semestre. Em junho de 2023, o preço médio foi de R$ 282,37 por peça, representando um aumento de 0,60% em relação ao mês anterior. Já em julho esse valor subiu para R$ 284,09, com um acréscimo de 0,61% em relação a junho de 2023.

Quanto à precificação no segmento de colchões, em junho o preço médio atingiu R$ 572,19 por peça, registrando um aumento de 0,36% em relação ao mês anterior. No entanto, no mês seguinte o preço médio teve uma queda de 1,54% em relação a junho de 2023, chegando a R$ 563,38 por peça.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, os preços nacionais de mobiliário apresentaram aumento de 0,60% em junho e novo aumento de 0,61%, em julho de 2023. Com isso, a média de preços na categoria fechou o primeiro semestre com um acréscimo de 2,7%, voltando a subir em julho e acumulando 3,38% no ano.

“A inflação é um fator preocupante que afeta diretamente a capacidade de compra dos consumidores. Dessa forma, o aumento dos preços de móveis e colchões no Brasil segue com forte efeito de causalidade na queda das vendas no setor. Pauta que tem sido discutida ativamente pela ABIMÓVEL tanto junto a representantes do setor privado como do Congresso Nacional e do Governo Federal”, pontua o presidente da ABIMÓVEL, Irineu Munhoz.   

Veja mais indicadores do balanço do primeiro semestre na indústria moveleira:

CONJUNTURA DE MÓVEIS

Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.

Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.

Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados de 2023, em: https://abimovel.com/capa/acervo-digital/

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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
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