Acompanhar as informações e movimentações do mercado de móveis é uma importante ferramenta para o planejamento das ações e das estratégias do setor. Assim, a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário divulga os principais indicadores, dados e percentuais, comparativos e avanços, com base nos meses de agosto e setembro de 2019. É com base nesse conjunto de informações que são feitas as análises da evolução e do desempenho do setor de móveis no Brasil e projeções futuras de crescimento.
PRODUÇÃO E CONSUMO
A produção de móveis em volumes foi de 37,1 milhões de peças em agosto de 2019, avanço de 1,4% sobre julho de 2019. No acumulado do ano sobre igual período do ano anterior, houve uma queda de 2,3% na produção em volumes, segundo dados do IBGE, enquanto no acumulado nos últimos doze meses houve retração de 4,1%.
O resultado da produção da indústria moveleira em agosto, em volumes, foi menor do que na indústria de transformação. A indústria de transformação registrou avanço de 2,3% na variação mensal. No acumulado do ano, houve leve queda de 0,4%, e, no acumulado nos últimos doze meses, um recuo de 1,0%, em volumes.
PARCEIROS COMERCIAIS
As exportações do setor moveleiro somaram US$ 458,5 milhões no acumulado do ano em 2019, resultado que representa alta de 1,1% em comparação com o mesmo período de 2018. Desse total, destacam-se as exportações de móveis para os Estados Unidos, com participação de 34,1% dos valores exportados e aumento de 8,2% em relação a 2018. Em 2º lugar no ranking aparece o Reino Unido com 10,6% de participação, com queda de 3,7% em termos de valores exportados frente ao registrado nos nove meses de 2018, e o Uruguai, em 3º lugar, com 7,5% do total exportado e com alta de 4,4% em comparação com mesmo período de 2018.
Os três estados da região Sul são os maiores exportadores de móveis do Brasil. Juntos, Santa Catarina (41,2%), Rio Grande do Sul (29,2%) e Paraná (14,7%), corresponderam a 85,1% das exportações brasileiras de móveis entre janeiro e setembro de 2019. Na região Sul, o destaque foi do Paraná que apresentou crescimento de 7,8% no valor exportado entre janeiro-setembro de 2019 frente aos mesmos meses de 2018. Nesse mesmo período, Rio Grande do Sul teve alta de 1,8% e Santa Catarina, por sua vez, registrou queda de 3,4%.
Nos nove meses do ano, Rio de Janeiro, Rondônia e Minas Gerais apresentaram as maiores taxas de crescimento entre os principais estados, respectivamente, altas de 67,0%, 47,9% e 27,5% no valor exportado. Outro estado com crescimento foi Espírito Santo com 17,1%. E por fim, a maior retração foi da Bahia com 14,2%.