A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais atingiu R$ 148,7 bilhões em fevereiro, informou a Secretaria da Receita Federal nesta segunda-feira (28).
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 141,2 bilhões (valor já corrigido pela inflação), houve aumento real de 5,27%.
A arrecadação de fevereiro de 2022 é recorde para o mês desde 1995, quando teve início a série histórica da Receita Federal.
No acumulado do ano, de janeiro a fevereiro de 2022, a arrecadação também foi recorde, alcançando R$ 386,3 bilhões, valor corrigido pela inflação – alta real de 12,92% em relação ao primeiro bimestre do ano passado.
Segundo a Receita Federal, o aumento da arrecadação nos dois primeiros meses está relacionado, entre outros fatores, com recolhimento do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
Em dois meses, a arrecadação federal com esses tributos totalizou R$ 110,2 bilhões em fevereiro, crescimento real (acima da inflação) de 22,36%.
Além disso, em fevereiro, a arrecadação de PIS/Cofins também registrou alta de 6,68% (crescimento corrigido pelo IPCA), totalizando R$ 32 bilhões no mês. Na avaliação da Receita, esse crescimento foi influenciado pelo desempenho do setor financeiro e pelo setor de combustíveis.
De acordo com a Receita Federal, outros dois fatores influenciaram a arrecadação de fevereiro:
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): a arrecadação com IOF alcançou R$ 4,5 bilhões no mês, crescimento de 26,28% (corrigido pela inflação). Segundo a Receita, esse desempenho está relacionado ao crescimento das operações de créditos e às operações de câmbio;
- Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre capital: a arrecadação com IRRF-capital foi de R$ 5 bilhões, crescimento real de 57,77% em relação a fevereiro de 2021. De acordo com a Receita, o desempenho é explicado pelos maiores rendimentos de fundos e títulos da renda fixa.
( * ) Com informações do G1