Indústria de Móveis e Eletrodomésticos estimam um crescimento de 20%, com redução de juros e taxas mais baratas para financimento de imóveis.
A indústria de móveis e eletrodomésticos é uma das que podem ser beneficiadas com a nova proposta da Caixa Econômica Federal. A nova linha de crédito imobiliário atualizadas pelo IPCA permitirá redução das taxas de juros em relação às médias de mercado: juro a partir de 2,95% mais inflação.
De acordo com o anúncio feito nesta terça-feira (20) pelo banco estatal, as taxas valem para novos contratos e já estarão vigentes a partir de 26 de agosto.
A Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), vê com otimismo as mudanças no crédito imobiliário, conforme comenta a presidente, Maristela Longhi. Com queda de consumo de 1,8% em 2019, a mudança pode significar um crescimento de até 20% no faturamento das indústrias no médio e longo prazo.
De acordo com a Associação, cerca de 25% dos resultados do setor, que faturou R$ 66,5 bilhões no Brasil em 2018, vem de compras para novas residências. “Podemos chegar progressivamente aos R$ 85 bilhões de faturamento anual”, estima Maristela.
Da mesma forma, o varejo de eletrodomésticos pode ganhar fôlego com o novo formato de financiamento imobiliário. Em resumo, qualquer incremento na construção civil residencial é uma ampliação, por consequência, à indústria de eletrodomésticos. Sobretudo, para as linhas branca (geladeira, máquina de lavar e fogão), marrom (televisão, vídeo e som) e de eletroportáteis (liquidificador, sanduicheira, batedeira
Segundo Maristela, da Abimóvel, o setor moveleiro tenta sair da estagnação do consumo, provocada pela desaceleração da economia, explorando mercados estrangeiros. Como por exemplo, Estados Unidos, Peru, Chile e Uruguai. No entanto, prossegue a presidente, este é um mercado iniciante comparado ao mercado interno. “De 19 mil empresas do setor, somente umas 300 exportam. O consumo interno é muito importante”.
Contudo, o impacto da novidade não deverá vir imediato. Conforme o novo financiamento imobiliário crescer, os ganhos para o setor deverão vir posteriormente. Quando os financiamentos, de fato, forem consolidados.
Fonte: Emobile e Folha de São Paulo