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Deflação em agosto beneficia famílias de baixa renda

Em agosto, o IBGE registrou a primeira deflação do ano. O IPCA, índice oficial de inflação, passou de 0,26% em julho para -0,11%. O movimento impactou de forma distinta as faixas de renda, mas todas foram beneficiadas pela queda. Os dados constam no Indicador de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta segunda-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Na comparação com agosto de 2024, houve melhora significativa no quadro inflacionário, sobretudo devido ao recuo mais forte da inflação entre as classes de menor poder aquisitivo. Para as famílias mais pobres, a redução foi puxada principalmente pela queda nos preços dos alimentos consumidos em casa e das tarifas de energia elétrica. As famílias de renda muito baixa e baixa passaram de altas de 0,19% e 0,23% em julho para deflação de -0,29% e -0,21% em agosto, respectivamente.

Entre as famílias de renda mais alta, a deflação nos alimentos e na energia foi parcialmente compensada pelo aumento de preços em serviços, especialmente alimentação fora do domicílio (0,50%) e recreação (0,38%). Nesse grupo, a taxa passou de 0,44% em julho para 0,10% em agosto.

No acumulado de 2025 até agosto, a inflação permanece em torno de 3,1% a 3,3% para todas as faixas de renda, sugerindo um quadro relativamente homogêneo até aqui. As famílias de renda muito baixa registram a menor inflação acumulada do ano, de 3,08%. Já as de renda média-alta, que tiveram variação de 0% em agosto, acumulam a maior alta no período, de 3,32%. No acumulado de 12 meses, a inflação mais elevada foi registrada pelas famílias de renda baixa (5,33%), enquanto a menor taxa ficou com o segmento de renda alta (5,00%).

 

* Texto originalmente publicado: oglobo.globo.com

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