As taxas de juros elevadas seguem como principal obstáculo para a indústria da construção no Brasil. No segundo trimestre de 2025, 37,7% dos empresários do setor apontaram o custo do crédito como seu maior desafio, segundo a Sondagem Indústria da Construção da CNI em parceria com a CBIC. A preocupação com a carga tributária também cresceu, sendo mencionada por 30,5% dos entrevistados. Já a escassez ou alto custo de mão de obra qualificada apareceu em terceiro lugar no ranking de entraves, com 24,6%.
O cenário financeiro deteriorou-se no período. O índice de satisfação com a situação financeira das empresas caiu para 45 pontos, abaixo da linha de 50, que separa avaliação negativa da positiva. Também recuaram os indicadores de satisfação com o lucro operacional e o acesso ao crédito, que agora registram 42,5 e 35,5 pontos, respectivamente. Por outro lado, houve alívio nos custos de insumos e matérias-primas, cujo índice de evolução de preços caiu para 60,9 pontos, sinalizando uma desaceleração no ritmo de alta.
Mesmo com queda na confiança e menor intenção de investimento — que chegou a 40,4 pontos em julho —, os empresários da construção mantêm expectativas positivas para o segundo semestre. Os indicadores projetam aumento no número de empregados (52,9 pontos) e nas compras de insumos (52,2 pontos), ainda que o entusiasmo com novos empreendimentos tenha diminuído levemente. A sondagem ouviu 305 empresas entre os dias 1º e 10 de julho de 2025.
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