
A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) desacelerou para 0,26% em junho, após registrar 0,36% em maio, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE. O resultado ficou abaixo das projeções do mercado financeiro, cuja mediana, de acordo com levantamento da Bloomberg, apontava para 0,3%, dentro de um intervalo de estimativas entre 0,2% e 0,38%. Este foi o menor índice para o mês de junho desde 2023.

A desaceleração foi influenciada, principalmente, pela queda nos preços de alimentos e combustíveis. O grupo alimentação e bebidas apresentou leve recuo de 0,02%, interrompendo uma sequência de nove meses de alta. Entre os itens que mais contribuíram para essa queda estão o tomate (-7,24%), o ovo de galinha (-6,95%) e o arroz (-3,44%). A gasolina também registrou recuo de 0,52% no mês. Por outro lado, a energia elétrica residencial teve alta de 3,29%, além de aumentos em itens como café moído, transporte urbano, água e esgoto, refeições fora de casa e planos de saúde.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 passou a registrar alta de 5,27%, abaixo dos 5,4% acumulados até maio, mas ainda acima do teto da meta de inflação de 4,5% definida pelo Banco Central. A leitura de junho, considerada mais benigna que o esperado, trouxe surpresas de baixa em diferentes subitens, incluindo as passagens aéreas, que tiveram alta de 0,81%, abaixo das previsões dos analistas.
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