
A economia brasileira iniciou 2025 com crescimento de 1,4% no primeiro trimestre, puxado pela agropecuária, que teve salto de 12,2% no período, refletindo uma supersafra. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.
O resultado, que somou R$ 3 trilhões, veio em linha com a estimativa de analistas, que esperavam expansão de 1,5%, segundo pesquisa do jornal Valor. No acumulado de quatro trimestres, o avanço é de 3,5%.
O bom desempenho do campo, porém, não foi acompanhado pela indústria e pelo setor de serviços. Este último avançou apenas 0,3% nos primeiros três meses do ano. Mas, como serviços representam 70% do PIB, qualquer expansão favorece a atividade econômica.
Já no setor industrial, houve leve queda de 0,1%. De acordo com o IBGE, as indústrias de transformação e construção recuaram neste início de ano, refletindo “a política monetária restritiva”. Os juros estão em 14,75% e a sinalização é de que sejam mantidos em patamar elevado.
Juros mais altos inibem o crédito, o que pode afetar o apetite por compras e investimentos. No entanto, os dados do PIB mostram que o consumo das famílias e a disposição de empresários para investir avançou entre janeiro e março.
O consumo voltou a subir e avançou 1% no primeiro trimestre. Nos três meses anteriores, havia caído 0,9%. Para especialistas, o mercado de trabalho aquecido tem mantido a renda elevada, contribuindo para essa expansão.