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Refletindo as flutuações econômicas ao longo do ano, o varejo de móveis e colchões enfrentou adversidades em 2023, encerrando o ano com uma redução de 5,2% no volume de vendas em comparação com 2022. A desaceleração, marcada por uma queda de 1,1% nas vendas de dezembro em relação a novembro, contrastou, porém, com um leve crescimento na receita, que registrou aumento de 0,5% no decorrer do ano (janeiro a dezembro), num cenário que, embora aquém das expectativas, era previsto no setor.
Os indicadores do fechamento de 2023 estão detalhados na nova edição da Conjuntura de Móveis, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), trazendo o panorama tanto da produção e das vendas no mercado interno, como das exportações e importações no setor, além do emprego, investimentos e do varejo.
Conjuntura do varejo de móveis e colchões em 2023
No último mês de dezembro, o setor movimentou 34,2 milhões de peças no comércio nacional, refletindo uma retração no apetite dos consumidores. Este recuo vem após um breve período de otimismo em novembro, quando as vendas cresceram 29,4% sobre outubro, impulsionadas por promoções e iniciativas comerciais.
A resistência na receita, contudo, é atribuída a um ajuste nos preços, que subiram 3,69% para móveis, mesmo diante de uma queda de 9,95% no segmento de colchões. Este cenário sugere uma gestão de preços cautelosa por parte dos varejistas, buscando equilibrar o impacto da inflação nos custos e a capacidade de compra do consumidor. Os preços médios em dezembro atingiram R$ 284,90 por peça de mobiliário e R$ 543,15 por colchão.
De toda maneira, a variação modesta, mas positiva na receita, destaca a resiliência do setor frente a um contexto econômico que demonstra melhoras, mas que é ainda marcado por incertezas diante de flutuações na demanda e ajustes fiscais.
Com melhores expectativas para 2024 após a elevação de +2,9% no PIB (Produto Interno Bruto) de 2023, vislumbrando-se, assim, melhorias no equilíbrio entre demanda e oferta, bem como na confiança do consumidor, o setor olha para este novo ano com esperança de recuperação, focando também em inovação e na experiência do cliente para reverter as tendências negativas do ano que passou.
- Veja mais indicadores da indústria brasileira de móveis e colchões no fechamento do ano – Balanço 2023: produção na indústria de móveis e colchões cai, mas receita e consumo interno apontam para reestabilização
CONJUNTURA DE MÓVEIS
Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.
Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.
Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados, em: https://abimovel.com/capa/acervo-digital/
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