Um novo ano chegou e enquanto nos preparamos para as novidades que um novo ciclo nos traz, com desafios e oportunidades a serem exploradas pela indústria brasileira, é importante olharmos para os números atualizados da produção, do emprego, investimentos e exportações a fim de observarmos tendências e caminhos para crescer tanto no mercado interno quanto externo.
Nesse sentido, a última edição da “Conjuntura de Móveis”, estudo desenvolvido pelo IEMI com exclusividade para a ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), traz o panorama do setor moveleiro nacional no último trimestre de 2023, demonstrando uma dinâmica complexa no fechamento do ano passado.
Crescimento mensal com desafios ao longo do ano
A produção de móveis alcançou 36,7 milhões de peças em outubro de 2023, um aumento de 10,3% em relação ao mês anterior. Tal resultado, contudo, foi 1,5% inferior ao do mesmo período em 2022; acumulando, assim, uma queda de 2,7% no montante produzido em 12 meses.
Em termos de receita, a indústria atingiu R$ 7,0 bilhões no décimo mês do ano. Uma alta, portanto, de 9,9% sobre o mês anterior. Mais uma vez, porém, ao olharmos para o desempenho no ano, observamos uma queda de 0,5% entre janeiro e outubro de 2023 na comparação com igual período em 2022. Nos últimos 12 meses, o acumulado era de -0,7% em receita.
Por falar em faturamento, o preço médio por peça foi de R$ 191,06 em outubro, diminuindo 0,34% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, houve um aumento de 0,96%, enquanto nos últimos 12 meses, houve um decréscimo de 0,19%. Demonstrando, finalmente, um retorno à estabilidade nos custos de produção na indústria moveleira nacional.
Estabilidade refletida também no consumo aparente de móveis e colchões no Brasil, que foi de 36,5 milhões de peças no décimo mês do ano passado. Ou seja, um aumento de 10,5% em relação ao mês anterior, tendo colocado o indicador mais próximo ao de 2022 (-0,1%). Nos últimos 12 meses, houve um aumento de 0,1%. A participação dos produtos importados em outubro foi de 4,1%.
As importações, aliás, ficaram em US$ 24,5 milhões em outubro e US$ 26,1 milhões em novembro. Já as exportações subiram de US$ 62,1 milhões em outubro para US$ 68,5 milhões em novembro de 2023.
Emprego e produtividade
Ao falar de produção, é imprescindível também mencionar o emprego no terceiro trimestre do ano passado. O volume de ocupação no setor caiu 0,3% na passagem de setembro para outubro de 2023, representando um recuo de 2,0% no acumulado do ano e uma queda de 5,3% nos últimos 12 meses. As horas trabalhadas, contudo, aumentaram 1,9% em outubro, ampliando também a produtividade no trabalho, que cresceu 8,2% no mês.
Varejo de móveis e colchões
Quando olhamos para as vendas no varejo, quando medidas pelo volume de peças, essas tiveram um aumento de 0,2% em outubro na comparação com o mês anterior. No acumulado de janeiro a outubro de 2023, observou-se uma queda de 6,4%. Considerando os últimos 12 meses, o recuo foi de 7,1%.
Em termos de valores, as vendas de móveis e colchões no varejo nacional registraram um aumento de 0,5% em receita na passagem de setembro para outubro. No acumulado do ano, o índice mostrou um aumento de 0,1% e nos últimos 12 meses ficou em +0,6%.
Os dados apresentados na “Conjuntura de Móveis” destacaram, portanto, um cenário de recuperação mensal no setor de móveis e colchões ao longo da última metade de 2023. Com tanto a indústria quanto o varejo ajustando-se às flutuações do mercado e às demandas do consumidor. Acompanhar esses indicadores é fundamental para entender as tendências e direcionar estratégias futuras para o setor em 2024.
Fique agora com um resumo dos principais indicadores do setor moveleiro nos meses de outubro e novembro de 2023:
CONJUNTURA DE MÓVEIS
Os relatórios mensais intitulados “Conjuntura de Móveis” são concebidos para facilitar o monitoramento da ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário) e seus associados em relação ao desempenho do mercado de móveis e colchões no Brasil.
Para tanto, são examinados mensalmente os percentuais de evolução da produção física, pessoal ocupado, média salarial, produtividade do setor, aquisições de máquinas, importações e exportações na indústria, bem como vendas e inflação no varejo de móveis, conforme os últimos dados disponíveis em fontes oficiais de consulta pelo setor.
Acesse a nova edição da “Conjuntura de Móveis”, com indicadores atualizados de 2023, em: https://abimovel.com/capa/acervo-digital/
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Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário – ABIMÓVEL
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