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Projeto de Normalização de Móveis: ‘Grupo Guarda-Roupas’ discute normas para a categoria

Imagem: Envato

Seguindo com as ações previstas no Projeto de Normalização de Móveis, idealizado pela ABIMÓVEL (Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário), foi oficialmente criado o “Grupo Guarda-Roupas”, para a discussão sobre temas pertinentes às padronizações e regulamentações na categoria, atendendo às recomendações da Gestão da ABNT/CB-015 – Mobiliário.

Diversas discussões técnicas já foram realizadas, levantando-se alguns dos principais requisitos de uma futura norma relativa aos materiais utilizados, suas dimensões, acabamento superficial, segurança e usabilidade, além dos métodos de ensaio e generalidades como terminologia e classificação.

Com base no pré-estudo levantado por meio dos pontos debatidos até o momento, a ABIMÓVEL solicitará ao Comitê Técnico do Mobiliário (ABNT/CB-015 – Mobiliário) a abertura de uma Comissão de Estudo para que o processo de elaboração da referida norma tenha uma abrangência nacional, envolvendo diferentes setores da sociedade que tenham interesse em participar desse estudo.

Dessa forma, destacamos a importância da participação das indústrias neste projeto, uma vez que a normalização é um processo de formulação de regras para a solução ou prevenção de problemas existentes ou potenciais, com vista à obtenção do grau de excelência de ordem, beneficiando a toda a cadeia de produção e consumo. Reafirmando que quem melhor conhece os detalhes estruturais assim como o processo de fabricação desses produtos é, sem dúvida, a indústria.

Importante enfatizar, também, que para o estabelecimento dessas regras recorre-se sempre à tecnologia como instrumento para a determinação das condições que possibilitem que o produto atenda às finalidades a que se destinam. Ou, em outras palavras, devemos realizar sempre ensaios laboratoriais em equipamentos ou dispositivos adequados e calibrados, possibilitando com que os resultados sejam mensuráveis.

Por exemplo, quando se trata de aspectos de segurança como de tombamento de guarda-roupas, a norma deve descrever os critérios técnicos de ensaio para se determinar as condições de ocorrência do tombamento. Assim, os fabricantes terão uma referência normativa de reconhecimento, que são as normas da ABNT. Estabelecendo, portanto, os requisitos mínimos deste item de segurança, que possibilitam o desenvolvimento e comercialização dos seus produtos sem a preocupação de eventuais reclamações, como de um guarda-roupa que veio a tombar sobre uma criança.

A norma é também uma forma de determinar a qualidade na cadeia produtiva, para que se possa estabelecer relações saudáveis com os seus fornecedores. Um exemplo neste caso se daria quando o fabricante de guarda-roupa desenvolve um produto com portas de correr, a norma, então, deverá determinar um ensaio em que uma quantidade mínima de ciclos de abre-fecha seja aplicada no corpo de prova sem que ocorra danos. Tal resultado passaria a ser a mesma referência para os fornecedores de acessórios, como de roldanas, entre outros. 

Geralmente, o número de ciclos ensaiados é relativamente elevado, justamente para garantir um ciclo de vida maior ao produto. Se o ensaio detectar alguma não conformidade em relação à norma, é possível desenvolver soluções, inclusive juntamente com os fornecedores.

Outras questões, de igual importância, poderão ser discutidas, tais como as condições nas quais os vidros utilizados devam ser temperados ou não. Ou, ainda, como garantir a fixação de espelhos, por sinal, cada vez maiores. 

Por fim, são vários os assuntos que devem ser definidos sempre de maneira consensual, sendo esta uma das prerrogativas do processo de elaboração de normas. As empresas associadas que ainda não estejam participando do referido “Projeto de Normalização de Móveis”, poderão entrar em contato com a ABIMÓVEL, que fornecerá todos os esclarecimentos.

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