O governo editou na última sexta-feira (22) decreto que flexibiliza prazo para a compra de créditos de descarbonização do setor de combustíveis, medida que pode ajudar a reduzir o preço dos combustíveis nos postos.
Para o setor, porém, a solução só empurra o problema para 2023, quando se espera aperto ainda maior na oferta dos créditos, que são conhecidos como Cbios.
A possibilidade de prorrogação das metas, anunciada no dia 15, já derrubou a cotação dos Cbios na bolsa de São Paulo. Depois de fechar junho batendo o recorde de R$ 202,65, o certificado foi negociado nesta quinta (21) ao preço médio de R$ 96,50.
A medida deve ajudar o governo a reduzir o preço do diesel, que sofre menos impacto de medidas anunciadas nas últimas semanas, porque já vinha com os impostos federais zerados e tinha, na maior parte dos estados, alíquotas de ICMS abaixo do teto estabelecido por lei aprovada no final de junho.
É diferente do caso da gasolina, que já teve queda acumulada de 17,8% nas bombas desde então e vai cair ainda mais com os repasses de corte de 4,9% promovido pela Petrobras em suas refinarias na terça (19). O produto também é beneficiado pela queda no valor dos Cbios.