Conforme divulgado no comunicado da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), o Banco Central aumentou as projeções para a inflação nos próximos três anos. Para 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetado passou dos 6,3%, previstos em março, para 8,8%, nesta projeção de junho.
O centro da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano está em 3,5%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Para 2023, ano em que a meta está em 3,25%, o BC projeta inflação de 4%, ante aos 3,1% divulgados em março. Já para 2024, ano em que a meta definida pelo CMN está em 3%, as projeções passaram de 2,3% para 2,7%.
O cenário do BC contempla um arrefecimento gradual da inflação, mas ainda com pressão de preços de bens industriais e serviços. Projeta recuo da inflação de alimentos nos próximos meses com ajuda da sazonalidade favorável.
As estimativas do BC ainda não incorporam o impacto das medidas tributárias sobre preços de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações que estão em tramitação.
IPCA-15 junho de 2022
No mês de junho, a inflação medida pelo IPCA-15, ou seja, a prévia sobre o mês, subiu 0,69% em junho, informou na última sexta-feira (24) o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
A alta representa uma aceleração frente a maio, quando o indicador havia avançado 0,59%. O novo resultado veio um pouco acima das estimativas do mercado financeiro. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam variação de 0,68%.
Com a entrada dos dados de junho, o IPCA-15 passou a acumular alta de 12,04% em 12 meses. Nesse recorte, a alta até maio havia sido mais intensa, de 12,20%.
Apesar de registrar desaceleração no acumulado, o indicador de inflação completou o décimo mês acima dos 10%. Ou seja, o IPCA-15 está em dois dígitos desde setembro do ano passado.
( * ) Com informações da Agência Brasil, Bloomberg e Folha de São Paulo.