Produção de móveis e colchões sobe 5,5% no primeiro bimestre de 2021

Mesmo com queda de 4,5% no volume de peças produzidas (35,8 milhões) em fevereiro sobre janeiro, o acumulado nos dois primeiros meses de 2021 apresentou aumento de 5,5%. Demonstrando, assim, um início de ano mais aquecido do que o usual na indústria moveleira. O consumo aparente de móveis e colchões no mercado interno seguiu, dessa forma, o mesmo ritmo, com alta de 4,6% no acumulado do primeiro bimestre e redução de 3,1% na passagem dos meses.  

Os números fazem parte da “Conjuntura de Móveis”, edição de abril de 2021, estudo encomendado pela ABIMÓVEL – Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário e desenvolvido pelo IEMI – Inteligência de Mercado. Além dos dados gerais da indústria moveleira nacional, incluindo exportações e importações, o relatório traz ainda informações detalhadas sobre a produção, emprego, investimentos, bem como o varejo de móveis e colchões em diversas regiões do País. 

Emprego na indústria moveleira

Com uma produção aquecida, o volume do emprego no setor aumentou em 0,9% em fevereiro no comparativo com o mês anterior.  No acumulado do ano em relação ao mesmo período de 2020, porém, houve queda de 5,4%. O número de horas trabalhadas também saltou 2,2% na relação mês a mês, mas houve declínio de 3,8% no acumulado do bimestre. Indicadores que de uma forma geral mostram que a indústria está voltando a crescer.

Aliás, em face de tais números é importante ressaltar que mesmo vivendo um momento de alta demanda no mercado interno e externo por móveis e colchões, as empresas hoje não conseguem atender totalmente às solicitações dos seus clientes devido à falta de insumos e matérias-primas. Com muitas fábricas tendo que cancelar pedidos ou atrasar a entrega, outras tendo de enxugar a estrutura e diminuir equipe ou carga horária de trabalho como formas de gerenciar a restrição de vendas imposta pela crise de abastecimento. 

Apesar da situação, a indústria moveleira foi uma das que registrou um dos maiores saldos positivos de vagas de trabalho nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, de acordo com informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged. Comprovando, assim, a assertividade das ações tomadas pelo empresariado do setor neste momento que requer adequação e objetividade, com a economia nacional buscando apoio no desempenho da indústria.

Investimentos para produção

Neste contexto, as importações de máquinas para fabricação de móveis apresentaram aumento de 54,3% no primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2020. Apontando, assim, para um planejamento otimista e investimentos por parte do setor e indústrias. Dois segmentos, em especial, chamaram a atenção pelo avanço bastante expressivo:  máquinas para arquear ou reunir (+670,9%) e máquinas para furar ou escatelar (+397,8%).

Por falar em importação, o Brasil importou cerca de US$ 24 milhões em móveis e colchões em fevereiro de 2021, o que representa um aumento de 20,2% na comparação com o mês anterior. Em contrapartida, no mês de março as importações recuaram 13,3%, na comparação mês a mês, atingindo o montante de US$ 20,8 milhões.

Panorama regional

Ao tratarmos da produção regional, o volume de peças produzidas nos estados da região sul do País seguiu a lógica nacional, apresentando queda na variação mensal e aumento no acumulado de janeiro e fevereiro. Veja na tabela abaixo.

Já quando o assunto é emprego, o número de postos de trabalhos formais na indústria moveleira nestes estados também apresentou aumento. Santa Catarina, +2,1; Rio Grande do Sul, +1,8%; Paraná, +1,2%. O que foi observado também em outros relevantes estados de demais regiões, como em São Paulo, +1,3%; e Minas Gerais, +1,7%. 

Por falar em Minas Gerais, no primeiro trimestre de 2021, as exportações mineiras expandiram em 53,4%. Seus principais parceiros comerciais foram os Estados Unidos, destino de 14,9% do montante; seguidos pelos Emirados Árabes (13%) e pela Bolívia (10,7%).

Já as exportações paulistas avançaram 20% entre janeiro e março. O principal destino foi, mais uma vez, os Estados Unidos, com representatividade bastante significativa de 45,2%. Na sequência aparecem dois países sul-americanos: Chile (11,9%) e Peru (7,5%).

E o VAREJO?

Assim como se notou na indústria, as vendas de móveis no varejo nacional tanto em volume quanto em valores registraram queda em fevereiro na comparação com janeiro e aumento no acumulado do ano. O volume de peças vendidas caiu 8,5% em relação ao mês anterior e subiu 0,3% no total do bimestre. Já as vendas em valores tiveram queda de 7,8% no comparativo com o mês anterior e aumento de 1,2% no acumulado dos dois meses.

Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os preços do mobiliário nacional apresentaram alta de 0,54% em março de 2021 frente a fevereiro. Com tal resultado, o primeiro trimestre do ano já registrou alta de 3,16%.

Veja a seguir um resumo dos principais indicadores do setor moveleiro nos primeiros meses do ano. Observem, com atenção:

  • Os percentuais de exportação dos Estados;
  • Geração de Empregos;
  • Comportamento do Varejo.

Para baixar o relatório completo acesse o Acervo Virtual.

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