Consumo das famílias sobe no primeiro trimestre, mas investimento varia

O consumo das famílias brasileiras apresentou um leve crescimento de 0,2% no primeiro trimestre de 2023, em comparação com o último trimestre de 2022, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao primeiro trimestre do ano anterior, o consumo das famílias apresentou um crescimento de 3,5%. Esse resultado positivo foi influenciado por diversos fatores, incluindo o aumento da massa salarial real, a expansão do crédito e a redução da inflação, impulsionando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no mesmo período.

O consumo das famílias é um dos principais componentes do PIB na ótica da demanda, respondendo por cerca de 60% do indicador. Nesse sentido, medidas como a retomada do Bolsa Família, com previsão de pagamentos adicionais, impulsionaram o consumo no primeiro trimestre.

Apesar de alguns sinais recentes de perda de ritmo, a retomada do mercado de trabalho também teve um impacto positivo no consumo. No entanto, os juros altos têm representado um obstáculo para os gastos tanto das famílias quanto das empresas, uma vez que os empréstimos se tornam mais caros, dificultando o acesso ao crédito e afetando os investimentos.

Em relação aos investimentos produtivos, o IBGE divulgou, contudo, que houve uma queda de 3,4% no primeiro trimestre de 2023 em comparação com o quarto trimestre de 2022. No entanto, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi registrado um avanço de 0,8%. Esse desempenho foi impulsionado pelo crescimento das importações de bens de capital e pelo setor da construção, que compensaram a queda na produção interna de bens de capital.

A evolução desses indicadores é fundamental para a recuperação e o fortalecimento da economia brasileira. Continuaremos acompanhando.