ABIMÓVEL apresenta números atualizados da Conjuntura de Móveis no Brasil. Produção industrial e vendas no varejo são destaques do conteúdo abaixo
O comércio de móveis e outros artigos para casa foi, certamente, um dos destaques do varejo e da indústria nacional em 2020. Já tradicionalmente aquecida no começo do segundo semestre — momento em que se inicia a produção dos pedidos de fim de ano (ponto alto das vendas no calendário anual) —, o olhar para a melhoria dos lares e as novas necessidades dos consumidores, incluindo obras / reformas e a renovação do mobiliário, ampliou ainda mais a demanda do período no ano passado. Notícia positiva, é claro, mas que combinada à ruptura das cadeias de fornecedores em todos os setores, trouxe uma série de desafios à indústria moveleira.
As limitações impostas pela pandemia, a alta no dólar americano e o aumento crescente no valor dos insumos e do frete internacional (em especial o marítimo), entre outras questões, culminou numa crise generalizada no abastecimento de matérias-primas nas mais diversas etapas da cadeia do mobiliário.
Tal questão freou em parte o ritmo aquecido da produção, levando à falta de estoque tanto na indústria quanto no varejo, bem como no aumento dos preços e dos prazos de entrega, que afetaram também o consumidor final. Com isso, já era esperado uma desaceleração do volume de produção de peças na indústria nos últimos meses do ano, que mesmo com muitos pedidos, não consegue atender a demanda, seja por falta de insumos ou, até mesmo, de mão de obra qualificada.
Nesse sentido, a atual conjuntura moveleira indica o início de um processo de estabilização que deverá se estender neste início de exercício. Ainda assim, os números são atrativos para o período, com a demanda de início de ano sendo comumente menos expressiva. As informações são do relatório Conjuntura de Móveis – Janeiro/2021, estudo mensal encomendado pela Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel) e realizado pelo IEMI – Inteligência de Mercado, que traz, mês a mês, os dados atualizados sobre a indústria, o varejo, o emprego, investimentos e o comércio externo (exportação e importação) no setor.
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO FÍSICA NA INDÚSTRIA MOVELEIRA
Quando falamos em volume, a produção moveleira foi de 44,9 milhões de peças em novembro de 2020. Queda de 2,7% sobre o mês anterior. Já ao olharmos para o acumulado no ano (janeiro a novembro), observamos uma queda de 5,2% na produção, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses (novembro 2019 – novembro de 2020), o declínio é de 4,9%.
Na indústria de transformação em geral, a produção apresentou queda de 6,9% no comparativo mês a mês, e de 5,8% no acumulado do ano em comparação ao mesmo período do ano anterior.
É imprescindível salientarmos, contudo, que apesar de negativos, tais números demonstram a retomada da indústria de móveis nacional no segundo semestre do ano passado, compensando mês a mês as duras quedas sofridas com o recrudescimento das restrições de combate à pandemia, que inibiram o consumo no varejo e a produção na indústria no segundo trimestre de 2020, refletindo na conjuntura moveleira — você pode acessar os dados anteriores no site da Abimóvel.
CONJUNTURA DE MÓVEIS: VAREJO E INFLAÇÃO
Em contrapartida, também em novembro do ano passado e ainda segundo o relatório da Abimóvel / IEMI, as vendas do comércio varejista de móveis registraram um aumento muito bem-vindo de 15,1% em volume de peças e de 16,9% em valores em receita nominal, ambos em relação ao mês anterior. Já no acumulado do ano (janeiro a novembro de 2020) houve aumento de 12,3% nas vendas em volumes e de 6,6% nas vendas em valores.
Outra boa notícia é que o índice do varejo em geral experimentou acréscimo na ordem de 3,6% em volumes e de 4,1% em valores na variação mensal. No acumulado no ano, o comércio em geral registrou crescimento de 1,2% em volume físico e de 5,6% em valores nominais. Isso, demonstrando que todo o esforço da indústria para atender à demanda superaquecida de pedidos durante o terceiro trimestre do ano passado, vem sendo refletida na manutenção da economia e do consumo no varejo nos últimos meses.
CONSUMO APARENTE
Dessa forma, o consumo aparente de móveis prontos e colchões foi de 44,7 milhões de peças em novembro de 2020. Validando um aumento de 1,3% em relação ao mês anterior e queda de 5,7% no acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano anterior. Além disso, no acumulado dos últimos doze meses observou-se queda de 5,1%.
PARTICIPAÇÃO DOS IMPORTADOS E EXPORTADOS
Em novembro de 2020, a participação dos móveis importados no Brasil sobre o consumo interno aparente foi de 3,9%. Já a participação dos móveis exportados sobre a produção ficou em 4,2%. Resultado superior quando comparado com outubro de 2020, cuja participação havia sido de 4,1%. Indicadores que evidenciam a retomada da economia.
CONJUNTURA DE MÓVEIS: PRODUTIVIDADE NA INDÚSTRIA
Nesta conjuntura, segundo os mais recentes dados divulgados pela Abimóvel, em novembro de 2020, o volume do emprego na indústria moveleira apresentou aumento de 0,6% quando comparado com o mês anterior. No acumulado do ano, comparado com o mesmo período do ano passado, entretanto, houve queda de 7% no emprego.
As horas trabalhadas na produção pelos empregados da indústria moveleira também recuaram 1,5% no mesmo período. No confronto do acumulado do ano com o mesmo período do ano anterior, a retração foi de 7,9%. Mais indicativos dessa desaceleração da produção, puxada pelas peculiaridades do período. Nesse cenário, a produtividade do trabalho na indústria de móveis caiu 1,3% em novembro, quando comparado com outubro de 2020. No acumulado do ano, porém, a indústria moveleira registrou aumento de 2,9%.
MAIS INFORMAÇÕES
Para acessar mais dados, gráficos e informações sobre a conjuntura e investimentos industriais, comércio externo, emprego e renda, bem como varejo e inflação, baixe o relatório “CONJUNTURA DE MÓVEIS – Relatório de Janeiro/2021” (link abaixo) ou entre em contato com a Abimóvel (dados da assessoria de imprensa abaixo).
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