Confiança aumenta na indústria de móveis em agosto; baixa demanda, porém, ainda preocupa mais da metade dos empresários do setor

Em agosto de 2023, a confiança da indústria avançou em 20 de 29 setores, em todos os portes de indústria (pequenas, médias e grandes empresas) e, com exceção do Sul, em todas as regiões do Brasil, segundo a última edição do ICEI (Índice de Confiança do Empresário Industrial), divulgada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). 

Com o avanço, quatro setores da indústria migraram de um estado de falta de confiança para um estado de confiança, entre eles, o setor de móveis. Após uma queda na confiança nos últimos dois meses, os empresários industriais moveleiros voltaram a demonstrar uma perspectiva mais otimista no setor, pulando de 46,0 (abaixo da linha da confiança) em julho para 51,1 pontos (acima da linha da confiança) em agosto.

Além do setor de móveis, os setores de metalurgia, produtos de metal e veículos automotores também se mostraram mais confiantes na última pesquisa. Apenas um setor fez a transição contrária, da confiança para a falta de confiança: têxteis.

Nas pequenas empresas, o avanço registrado foi de 1,6 ponto, nas médias, de 1,9 e nas grandes, de 1,8.

Baixa demanda interna, no entanto, ainda preocupa

Apesar do aumento na confiança, a CNI também revelou que mais de 50% das empresas do setor de móveis estão preocupadas com a demanda interna no Brasil. O mesmo foi observado no setor de máquinas e equipamentos. Afinal, causa e consequência.

Dos 23 setores da indústria de transformação analisados, 12 destacaram a demanda interna insuficiente como seu principal problema ao final do primeiro semestre, o que ainda afeta as perspectivas na segunda metade do ano. Além disso, a elevada carga tributária também é um grande desafio, sendo citada como um dos três principais problemas em 21 dos 23 setores. 

A manutenção das taxas de juros em níveis elevados também afetou os empresários, sendo assinalada como um problema significativo, especialmente no setor de biocombustíveis. A economista da CNI, Paula Verlangeiro, atribuiu essas preocupações à redução do crescimento do mercado de trabalho e a fatores como altas taxas de juros e endividamento das famílias.

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